Para pensar...

Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”

Amyr Klink

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Coreia do Norte retira 53 mil funcionários do polo de Kaesong País decidiu suspender temporariamente as operações na região. A Coreia do Sul considerou a decisão 'injustificável'.


A Coreia do Norte anunciou nesta segunda-feira (8) vai retirar 53 mil norte-coreanos que trabalham no polo industrial coreano de Kaesong, em meio a tensões na península, enquanto Seul retificou as declarações sobre a iminência de um novo teste nuclear.
"Vamos retirar todos os nossos funcionário da zona", declarou Kim Yang Gon, alto funcionário do Partido Comunista.
"Pyongyang suspenderá temporariamente as operações na região e estudará o tema para saber se deve permitir sua existência ou fechá-lo", disse Gon.
O complexo industrial fica na Coreia do Norte, a 10 10 km da fronteira.
"A maneira como a situação evoluirá nos próximos dias dependerá em sua totalidade da atitude das autoridades sul-coreanas", completou Kim Yang Gon, que visitou o local nesta segunda-feira.
A Coreia do Sul considerou a decisão "injustificável".
"A decisão unilateral da Coreia do Norte de seguir adiante com esta medida não pode ser justificada de nenhuma maneira. A Coreia do Norte será considerada responsável pelas consequências", afirma um comunicado do ministério da Unificação sul-coreano.
Desde quarta-feira, o Norte proíbe o acesso a Kaesong dos trabalhadores sul-coreanos e dos caminhões de abastecimento. Até o momento, 13 das 123 empresas sul-coreanas presentes no polo interromperam a produção por falta de matérias-primas.
Mais de 300 profissionais sul-coreanos deixaram o complexo desde a semana passada, mas quase 500 decidiram permanecer para garantir o bom funcionamento das atividades.
O complexo de Kaesong, importante fonte de divisas estrangeiras para a Coreia do Norte, sempre permaneceu aberto, apesar das crises repetidas na península, com exceção de apenas um dia, em 2009. Na ocasião, Pyongyang bloqueou o acesso para protestar contra as manobras militares conjuntas entre Estados Unidos e Coreia do Sul.

Testes
Em Seul, o governo retificou as declarações alarmistas que citavam a iminência de um quarto teste nuclear pelo Norte, menos de dois meses depois do teste de fevereiro.
"Há atividades, mas parecem ser atividades de rotina nas instalações de Punggye-ri, onde acontecem este tipo de teste", afirmou o porta-voz do ministério da Defesa, Kim Min-Seok.
O ministério da Unificação afirmou que outro teste não parece ser "iminente".
O ministro da Unificação, Ryoo Kihl-jae, havia declarado a uma comissão parlamentar quePyongyang parecia preparar para os próximos dias um lançamento de teste de míssil balístico, assim como um quarto teste nuclear.
A Coreia do Norte, furiosa com as novas sanções aprovadas pela ONU depois do teste nuclear de fevereiro e com as manobras militares conjuntas de Washington e Seul, multiplicou nas últimas semanas as declarações belicistas.

Para tranquilizar a situação e deixar que a responsabilidade por uma escalada fique apenas com a Coreia Norte, Washington anunciou no sábado o adiamento do teste do Minuteman 3, um míssil balístico intercontinental com capacidade nuclear que seria lançado esta semana da base aérea de Vandenberg, na Califórnia.
O gesto foi saudado pelo presidente russoVladimir Putin, que advertiu para as consequências de um conflito nuclear com a Coreia do Norte.
"A catástrofe de Chernobyl seria um conto infantil se comparado ao conflito", declarou durante uma visita a Alemanha.
Pequim, aliado da Coreia do Norte, que também votou pelas sanções contra o regime norte-coreano, manifestou inquietação com a escalada na península coreana.
"Ninguém deveria estar autorizado a precipitar uma região no caos, ou o mundo inteiro, por egoísmo", declarou no domingo o presidente chinês Xi Jinping, sem citar países.
A Coreia do Norte transportou na semana passada dois mísseis Musudan para sua costa leste e os instalou em veículos equipados com dispositivos de lançamento.
O míssil norte-coreano Musudan tem alcance de 3.000 km, ou seja, é capaz de atingir o Japão. Com uma carga leve, poderia viajar 4.000 km e, em tese, atingir Guam, uma ilha do Pacífico situada a 3.380 km da Coreia do Norte onde estão 6.000 soldados americanos.
Kim Jang-Soo, conselheiro para Segurança Nacional da presidente sul-coreana Park Geun-Hye, disse que um teste de lançamento ou outra provocação podem acontecer antes ou depois de 10 de abril, data a partir da qual o regime comunista afirma não poder garantir a segurança das missões diplomáticas.
De acordo com o jornal New York Times, Estados Unidos e Coreia do Sul elaboram planos para responder de medida coordenada as ações da Coreia do Norte, mas com o objetivo de evitar uma escalada para uma guerra aberta.
Em Haia, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu Coreia do Norte que não faça novas provocações.
"A República Popular Democrática da Coreia não pode continuar assim, enfrentando e desafiando a autoridade do Conselho de Segurança e a comunidade internacional", disse.

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