Ação
terrorista terminou em 12 mortes na redação da revista e provocou uma caçada
policial pela França
O
ATENTADO
Na quarta-feira, dia 7, por volta de 11h30
(8h30, no horário de Brasília), dois homens vestidos de preto, encapuzados e
armados com fuzis automáticos abrem o fogo na redação de Charlie Hebdo, em
plena reunião de pauta, aos gritos de "Allah akbar" (Alá é grande).
Matam 11 pessoas na sede do jornal e um
policial na saída, antes de fugir de carro rumo à zona nordeste de Paris, onde
trocam de veículo ao render um motorista.
O presidente François Hollande chega ao local
do atentado, lança um apelo à "Unidade nacional" e decreta um dia de
luto para o dia seguinte.
A polícia persegue os irmãos Chérif e Saïd
Kouachi, de 32 e 34 anos, nascidos em Paris, de pais argelinos. O primeiro já
foi condenado em 2008, por ter atuado num grupo que enviava jihadistas no Iraque.
Reações comovidas tomam conta do mundo inteiro,
com o lema "je suis Charlie" (Sou Charlie) espalhado nas ruas e nas
redes sociais. Durante a noite, mais de cem mil pessoas manifestam na França e
várias outras se reúnem em outras cidades do mundo, inclusive no Brasil, no Rio
de Janeiro e em São Paulo.
A CAÇADA
Na manhã de quinta-feira, uma guarda municipal
é morta a tiros e outro funcionário é gravemente ferido em Montrouge, no sul de
Paris. O autor do tiroteio consegue escapar.
Os irmãos Kouachi são reconhecidos durante a
manhã pelo gerente de um posto de gasolina que assaltaram, perto de
Villers-Cotterêt, a 80 km ao nordeste da capital. Policiais vasculham a área,
sem sucesso.
A maioria das capas de jornais têm a cor
dominante preta em sinal de luto, e anônimos colocam flores, lápis, velas e
mensagens perto da sede de Charlie Hebdo. Ao meio dia, o país todo respeita um
minuto de silêncio, enquanto os sinos dobram na catedral Notre Dame de Paris.
As luzes da Torre Eiffel, outro cartão postal da cidade, são desligadas por
alguns instantes às 20h00 locais.
Chérif e Said Kouachi são chamados 'heróis
jihadistas' pela rádio da organização terrorista Estado Islâmico (EI). Ele
figuram há anos na lista negra do terrorismo do FBI americano.
OS
SEQUESTROS
Na sexta-feira, a caçada continua e um forte
tiroteio começa num bloqueio policial, após os irmãos terem sido reconhecidos
por um motorista que teve seu carro roubado.
Os fugitivos, que ainda possuem armamento
pesado, estão entrincheirados com um refém num pequena gráfica situada em uma
zona industrial da cidade de Dammartin-en-Goële, a vinte quilômetros do
aeroporto internacional de Roissy, cujo plano de voo foi modificado.
A pequena cidade de 8.000 habitante é cercada
pelas autoridades, enquanto helicópteros sobrevoam a área. Várias escolas são
evacuadas, e outras mantém as crianças confinadas.
O presidente Hollande renova seu apelo à
"Unidade Nacional" e chama "todos os cidadãos" a comparecer
às ruas para a manifestação marcada este domingo em homenagem às vítimas.
O suspeito do tiroteio de Montrouge, que matou
a policial, é identificado, e várias fontes policiais afirmam que uma
"conexão" foi estabelecida entre este suspeito e os irmãos Kouachi.
Todas as mesquitas da França são convidadas a
homenagear as vítimas do atentado.
A cerca de 13h00 locais (10h00 de Brasília),
pelo menos duas pessoas são mortas num tiroteio na Porte de Vincennes, ao leste
de Paris, e várias são feitas reféns em um mercado judeu.
De acordo com uma fonte próxima ao caso, há suspeitas
de que o sequestrador seja o atirador de Montrouge, identificado como Amedy
Coulibaly, de 32 anos, que conhece pelo menos um dos irmãos Kouachi e já foi
condenado num caso de tentativa de fuga de prisão de outro jihadista.
A
polícia divulgou retratos de Coulibaly e de uma mulher, Hayat Boumeddiene, de
26 anos, também suspeita do ataque em Montrouge.
fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/mundo/2015/
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