Para pensar...

Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”

Amyr Klink

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Entenda a atual onda de conflito entre Israelenses e Palestinos

A escalada de violência que começou em junho deste ano entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza é o terceiro conflito do tipo desde que o grupo islâmico passou a controlar a região, em 2007.
Desta vez, foi o sequestro e assassinato de três adolescentes israelenses o estopim para os novos confrontos. Eles desapareceram em 12 de junho, e seus corpos foram encontrados com Marcas de tiros no dia 30 do mesmo mês.
Israel afirma que o Hamas foi o responsável pelas mortes – e considera a organização islâmica um grupo terrorista que não aceita se desarmar.
O grupo islâmico não confirmou nem negou envolvimento nas mortes. Durante as buscas pelos adolescentes na Cisjordânia, as forças israelenses prenderam centenas de militantes do Hamas. 
No dia seguinte à localização dos corpos dos jovens israelenses, um adolescente palestino foi encontrado morto em Jerusalém Oriental – a autópsia indicou que ele havia sido queimado vivo. Israel prendeu seis judeus extremistas, e três deles confessaram o crime – o que reforçou a tese de crime com motivação política, gerando revolta e protestos em Gaza.
A essa altura, Israel já respondia aos foguetes disparados por ativistas palestinos da Faixa de Gaza em direção ao país. Em 8 de julho, após intenso bombardeio contra o sul de Israel, o Estado judeu passou para os ataques aéreos contra Gaza.
O Hamas respondeu com foguetes contra a capital Tel Aviv, e as forças israelenses decidiram atacar também por terra.
Justificativas
Além das mortes dos adolescentes, Israel justifica seus ataques como respostas aos foguetes disparados pelo Hamas em direção à Israel e uma forma defesa. O Estado israelense afirma ainda que o grupo islâmico esconde militantes e armas em residências da Faixa de Gaza e, por isso, precisa bombardeá-las, mesmo que isso signifique a morte de civis. Essa atitude tem refletivo de forma negativa na opinião pública interna e internacional.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse ainda que, com ou sem cessar-fogo na região, seu Exército irá completar a "missão" de destruir os túneis que os militantes palestinos contruíram sobre a fronteira com o Estado judeu.
Do lado palestino, somado à morte do adolescente e às prisões de integrantes do Hamas,  está a insatisfação da população de Gaza, que considera abusivo o controle de Israel na região. Por causa dos bloqueios, os moradores dependem do Estado judeu para ter acesso a água, eletricidade, meios de comunicação e dinheiro.

Quem Apoia o Conflito?
Antes da Primavera Árabe de 2011, o mundo muçulmano costumava se unir em bloco em defesa dos palestinos. Porém, com o fim dessa unidade, Qatar e Turquia são os únicos aliados que sobraram ao Hamas – grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza desde 2007.
Uma das menores e mais ricas monarquias do mundo, o Qatar financia a construção de edifícios e estradas em Gaza. Além disso, fornece ao Hamas centenas de milhões de dólares por ano.
A Turquia já foi aliada de Israel, mas o atual governo é favorável à linha militante do islamismo e se aproximou do Hamas.
Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Jordânia condenam tanto o Hamas quanto Israel pela morte de civis em Gaza. Irã e Síria, que já apoiaram o Hamas, romperam com o movimento palestino, pois ele favorece os rebeldes que lutam contra o ditador sírio Bassar al-Assad.
No Ocidente, os Estados Unidos dizem que é preciso “entender” a preocupação de Israel em destruir os túneis que o Hamas usa para se infiltrar em território israelense.
O governo americano reconhece Israel como Estado independente e este, por sua vez, é o principal aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio. Com ajuda americana, Israel permanece nas áreas ocupadas, desrespeitando resolução da ONU. Ao mesmo tempo, as negociações de paz na região são tocadas pelo secretário de Estado americano, John Kerry, com respaldo da União Europeia.
Os países europeus costumam apoiar Israel nos conflitos no Oriente Médio. Entretanto, a péssima repercussão das muitas mortes de civis na ofensiva atual fizeram com que as manifestações de apoio ficassem mais raras e discretas.

Fonte: G1

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