Para pensar...

Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”

Amyr Klink

segunda-feira, 27 de junho de 2011

URSS – Mudanças e Fim


Secretários-Gerais do Partido Comunista que lideraram a URSS:

- Vladimir Lênin (1921-1924)

- Josef Stalin (1924-1953)

- Nikita Khrushchov (1953-1964)

- Leonid Brejnev (1964-1982)

- Yuri Andropov (1982-1984)

- Konstantin Tchernenko (1984-1985)

- Mikhail Gorbachev (1985-1991)

Estabilidade e Estagnação

Entre 1956 e 1985, a União Soviética atingiu seu auge geopolítico e tecnológico. Entretanto, também foi época de pouco crescimento econômico e lentos avanços na qualidade de vida da população.

Mikhail Gorbatchov foi o último dirigente soviético. Assumiu o cargo de secretário-geral da PCUS (Partido Comunista da União Soviética) em março de 1985, substituindo Konstantin Tchernenko, que faleceu naquele ano. O bom relacionamento com os membros do partido e a habilidade política foram fatores que credenciaram Gorbatchev a assumir o posto mais importante na hierarquia administrativa soviética. Defensor de idéias modernizantes, instituiu dois projetos inovadores: a perestroika (reconstrução econômica) e a glasnost (transparência política).

A Perestroika, que teve início em 1986, foi concebida para introduzir um novo dinamismo na economia soviética, que passava por sérios problemas. Para que os setores econômicos do país tivessem uma expansão qualitativa e quantitativa, foram introduzidos mecanismos para estimular a livre concorrência (e acabar com o monopólio estatal), desenvolver setores secundários de produção (bens de consumo e serviços não-essenciais) através da iniciativa privada e descentralizar as operações empresariais. No campo, foi estimulada a criação de cooperativas por grupos familiares e arrendamento de terras estatais. A proposta também foi incentivar empresas estrangeiras a atuarem no país.

Na área política e social, a Glasnost pretendeu colocar novos paradigmas no modo de vida soviético. Para que a União Soviética tivesse um desenvolvimento forte e profícuo, era necessário colocar uma nova mentalidade em todos os segmentos da sociedade. Assim, a proposta foi de acabar com a burocracia política, combater a corrupção e introduzir a democracia em todos os níveis de participação política. A glasnost também libertou dissidentes políticos e permitiu a liberdade de imprensa e expressão.

Gorbatchev enfrentou grandes resistências da oligarquia e dos burocratas partidários (os apparatchiks) e acabou destituído quando as repúblicas, lideradas pela Rússia já então dirigida por um antigo apparatchik de nome Boris Iéltsin, se rebelaram contra o governo central. Uma tentativa de golpe de Estado por parte da linha-dura do PCUS (incluindo Boris Pugo) foi fracassada por causa da resistência popular comandada por Iéltsin. A derrota acabou levando à fragmentação do país (com 12 das 15 repúblicas declarando independência) e decretando o fim da URSS em 25 de dezembro de 1991.

A Perestroika (reestruturação) foi, em conjunto com a Glasnost, uma das políticas introduzidas na União Soviética por Mikhail Gorbachev, em 1985. A palavra perestroika, que literamente significa reconstrução, ganhou a conotação de 'reestruturação económica'. Gorbachev percebeu que a economia da União Soviética estava a falhar e sentiu que o sistema socialista, apesar de não ter de ser substituído, certamente necessitava de uma reforma, e isto seria levado a cabo pelo processo da perestroika. Uma chave principal da perestroika era reduzir a quantidade de dinheiro gasta na defesa nacional, e para fazer isso Gorbachev sentiu que a União Soviética deveria:

· Desocupar o Afeganistão.

· Negociar com os Estados Unidos da América a redução de armamento.

· Não interferir noutros países comunistas (A Doutrina Sinatra).

Em contraste com as reformas econômicas da República Popular da China, a perestroika é largamente avaliada como tendo falhado no seu objectivo principal de reestruturar a economia soviética. As razões para o seu fracasso foram examinadas por muitos economistas e historiadores, incluindo Merle Goldberg. Uma das razões citadas para esse fracasso foi o insucesso na promoção da criação de entidades económicas privadas e semi-privadas e a indisposição de Gorbachev em relação a uma reforma na agricultura soviética. Outra possível razão seria a má vontade dos altos oficiais do Partido Comunista da União Soviética (a linha dura) e da facção liberal apoiada pelos EUA e que tinha como principal líder Boris Yeltsin em aceitar as medidas da Perestroika. Enquanto os primeiros não queriam mudanças, os últimos queriam que elas acontecessem mais rapidamente. Isso gerou forte oposição ao projeto da Perestroika.

Contrariamente às reformas de Deng Xiaoping na China, a perestroika não só falhou o propósito de trazer benefícios económicos imediatos para a maioria das pessoas, mas o desmantelar da economia planeada criou o caos económico, o que constituiu um factor importante para o colapso da União Soviética.

(Adaptado de ww.wikipédia.com.br por Profª. Chris/ Geo)

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