A fase mais recente da indústria internacional está relacionada à evolução técnico-científica informacional, à maior qualificação da mão-de-obra e à desconcentração tanto em países ricos quanto nas economias emergentes.
A atividade industrial expandiu-se pelo mundo. Concentra-se hoje em alguns países superindustrializados, como os EUA, Japão e os fundadores da UE. No entanto, há uma desconcentração industrial direcionada para países emergentes que atraem novas indústrias mediante a oferta de mão-de-obra qualificada e mais barata do que nos velhos centros industriais, como é o caso dos Tigres Asiáticos, Novos Tigres Asiáticos, os BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China), México, Argentina e África do Sul, e países do Leste que concluíram a transição do socialismo para o capitalismo, como a República Tcheca, a Hungria e a Polônia, além de outros subdesenvolvidos mais pobres, de base econômica agrária com pouca ou nenhuma indústria. O desenvolvimento da atividade industrial e a expansão do capitalismo produzem uma interdependência entre os países, mas concentram a riqueza em certas áreas e aumentam a pobreza em outras. No mundo inteiro, o desenvolvimento industrial produz um domínio da cidade sobre o campo e uma urbanização da sociedade.
No taylorismo/fordismo, a produção em série, ao longo de uma linha de montagem, separava a organização/elaboração da execução do trabalho, suprimindo a dimensão intelectual do trabalho operário, tendo em vista que o operário era considerado apenas um apêndice do maquinário, pois executa mecanicamente tarefas repetidas, enquanto a organização/ elaboração era tarefa de gestores científicos.
Esse modelo entrou em crise no final da década de 1960, quando o movimento sindical operário se fortaleceu e passou a exigir participação do operário no processo organizacional do trabalho. A década de 1970 foi marcada pela emergência da crise do modelo de acumulação taylorista/fordista, em razão da queda da taxa de lucro causada pelo aumento do preço da força de trabalho relacionada à luta sindical da década anterior. O desemprego tornou-se estrutural e, conseqüentemente, houve retração do consumo, levando o Estado do bem-estar social a uma profunda crise, assim como a crise fiscal do Estado capitalista resultou na “necessidade” de desestatização de setores produtivos estratégicos por meio de privatizações.
O toyotismo, também conhecido como ohnoísmo, modelo de produção flexível, foi concebido originalmente pelo fordismo, mas colocado em prática inicialmente pelo engenheiro Taiichi Ohno, da indústria automobilística japonesa Toyota, na década de 1950, porém emergindo com maior intensidade durante as décadas de 1970 e 1980, como uma possível “solução” para debelar a crise do capitalismo vigente naquele momento histórico. Ohno aproveitou as experiências bem-sucedidas do modelo taylorista/fordista e procurou limitar os seus defeitos que resultaram na crise estrutural.
Diferenças entre o toyotismo e o fordismo – 1) Enquanto o processo fordista é o da produção em massa de produtos homogeneizados, no toyotismo a produção é efetivada em pequenos lotes, mas com grande variedade de produtos adaptados à variedade de gostos do mercado. É uma medida de redução de custos, em parte viabilizada pela informatização e melhoria das comunicações e transportes, possibilitando que os fornecedores terceirizados entreguem as peças necessárias para a produção no momento exato em que o mercado solicita. Trata-se do novo modelo de entrega just in time, atrelado à estratégia de manutenção de estoques mínimos. 2) O controle de qualidade do fordismo ocorre após a produção, enquanto no toyotismo esse controle é feito imediatamente, evitando a detecção tardia de produtos defeituosos. Trata-se da política de controle de qualidade total (CQT). 3) A organização produtiva no fordismo é verticalizada, com o domínio total do processo produtivo, desde a produção da matéria-prima até o transporte da mercadoria; no toyotismo, a organização da produção é horizontalizada, com a subcontratação e terceirização da produção.
Cartel: acordo comercial entre empresas, as quais, embora conservem a autonomia interna, organizam-se em forma de sindicato para distribuir entre si as cotas de produção e os mercados e determinar os preços, suprimindo a livre concorrência. Exemplos: OPEP e as indústrias automobilísticas e de cimento no Brasil.
Joint venture: associação econômica entre duas empresas, que geralmente são de nacionalidades diferentes, porém de um mesmo setor, com o objetivo principal de expansão do mercado. Exemplo: as indústrias farmacêuticas e automobilísticas do Brasil.
Monopólio: controle da quase totalidade do mercado de um determinado produto por uma grande empresa. Exemplo: Petrobras.
Oligopsônio: estrutura de mercado em que há apenas um reduzido número de compradores, que geralmente correspondem a grandes grupos financeiros. Exemplo: a indústria de autopeças abastecendo a indústria automobilística no Brasil.
Conglomerados: associação de empresas que dividem entre si etapas complementares da produção ou de serviços. Exemplo: General Motors.
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