Sempre que queremos dizer que algo não é essencial, brincamos com a expressão “isso é perfumaria”, parece que no Brasil educação básica de qualidade também virou “perfumaria”, haja a vista os últimos acontecimentos Tiririca na comissão da Educação e livros didáticos distribuídos pelo governo com erros gramaticais. Plagiando Renato Russo “que país é esse?”
Porque um professor para executar sua função ou para merecer um aumento tem que fazer uma prova e para governar esse país ou simplesmente ser contrato pelo governo, pode ser qualquer um? Não precisa nem apresentar diploma, muito menos antecedentes criminais, basta que tenha bom um discurso populista e bom capital social, além é claro de uma história de vida comovente.
Nosso Ministro da Educação só “mete os pés pelas mãos” e continua lá, como se nada de errado estivesse acontecendo, já cometeu sérios erros na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio em 2009 e 2010, agora ele afirma que não pode interferir no conteúdo das publicações adquiridas pelo Programa Nacional do Livro Didático nem julgar o que é certo ou errado em matéria de português, cabendo-lhe apenas decidir o que é "adequado" em política pedagógica. Ninguém merece!! Se esse país fosse sério cabeças já teriam rodado. Seria necessário que todos pressionassem o governo para que as atrapalhadas fossem punidas, mas essa pressão popular nunca irá ocorrer, porque a estratégia do PT é justamente garantir uma massa de manobra dócil e submissa, através da dependência da bolsa-esmola (vicia mais que o crack) e da total falta de cultura de grande parcela da população.
Como pode o ministro dizer que o “tal” livro passou por especialistas e foi aprovado por esses, que estão validando a Pedagogia da Ignorância. E a “tal” professora, a autora, diz que “corrigir erro é preconceito, que falar errado é certo”, o que fica claro é o projeto de elitização do ensino, arquitetada por um partido que diz representar os trabalhadores. "É um absurdo esse paternalismo condescendente de não corrigir erros gramaticais. Com isso, consolida-se o conceito de coitadinho, pernicioso e prejudicial ao desenvolvimento dos cidadãos. Qualquer um pode cometer os barbarismos linguísticos que quiser, mas deve saber que eles só se sustentam dentro de um contexto e têm preço social", diz a escritora Ana Maria Machado, doutora em Linguística e Semiologia, integrante da ABL e ganhadora do Prêmio Hans Christian Andersen - o Nobel da literatura infantil.
Só falta o governo fazer um discurso dizendo assim: “Brasileiros e brasileiras continuem nesse processo da reprodução da ignorância, continuem falando “agente vamos” e “é nóis mano” , assim vocês não têm chances nenhuma de entrar em uma universidade, mas mesmo assim, se derem sorte ainda podem ser deputados ou presidentes!"
Ainda bem que algumas pessoas sérias, como um grupo de membros do Ministério Público, liderado pela procuradora Janice Ascari, anunciou que processará o MEC por "crime contra a educação".
Nenhum comentário:
Postar um comentário