Para pensar...

Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”

Amyr Klink

terça-feira, 3 de maio de 2011

Os efeitos da Morte de Bin Laden

Ao tornar público a morte do terrorista – responsabilizado pela morte de milhares de pessoas no atentado no 11 de setembro de 2001 – muitos americanos correram às ruas para festejar, gritando USA, USA, USA!!!!. Concentrações em vários pontos do país foram transmitidas ao vivo pelas redes de TV dos EUA. Para o mundo todo. O que inclui o mundo árabe.
Os muçulmanos são pessoas tão pacíficas quanto os seguidores de qualquer outra religião. O que preocupa são as exceções. Aqueles que preferem interpretar o Corão pelo ângulo da violência, levando os ensinamentos ao pé da letra, os fundamentalistas.
Essas pessoas, fanáticos, certamente assistiram às cenas transmitidas pela televisão americana. No exato momento em que lamentavam a morte do seu líder maior – para eles, um herói – viam seus grandes inimigos comemorarem em praça pública. E isso é combustível para alimentar mais a raiva.
Em vez de se comportarem como se ninguém mais existisse no planeta, indo às ruas bradar como torcida organizada de futebol, os americanos deveriam engolir esse sentimento de vitória e comemorar de uma forma menos barulhenta.
O problema é que a maior parte da população dos EUA não entende, por exemplo, que enquanto a questão palestina não for resolvida, o ódio e o terror permanecerão. Culpa dos formuladores da política externa dos EUA, que não deixam claro ao povo que o apoio integral do país a Israel custa caro e incita violência.
Não podemos tirar a razão dos que perderam alguém nos atentados. Ou dos que se sentiram violentados com um ataque tão atrevido, dentro das suas fronteiras. Mas para combinar com o discurso feito pelo presidente Barack Obama ainda na madrugada – destacando que a morte de Bin Laden representava uma busca pela paz e liberdade para todo o mundo – não seria melhor manter um comportamento mais comedido?
Afinal, vibrar nas ruas como se a guerra contra o terror tivesse simplesmente ganho é como tapar o sol com a peneira. É ignorar os efeitos adversos que a morte de Bin Laden pode desfechar sobre os Estados Unidos

Um comentário:

  1. Pois é Chris concordo com você e digo mais, toda essa euforia do povo norte americano, só fez com que adiassem 2012! hauaha agora o mundo inteiro vai sofrer todas essas consequências!

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