Para pensar...

Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”

Amyr Klink

sábado, 14 de maio de 2011

Violência nas escolas

É notório o aumento das situações de violência nas escolas públicas e particulares, quase toda semana vemos no noticiário ou ouvimos uma história sobre alunos que brigaram, que agrediram um professor ou um funcionário das escolas. Mas o que será que está acontecendo?
Que a sociedade já não tem as mesmas características sabemos, mas não deveria ter ocorrido uma evolução, já que o ser humano acredita na evolução da espécie?
Parece que estamos regressando ao período da "guerra de todos contra todos", medindo força para se sobrepor ao outro, num espaço que deveria ser de cumplicidade, onde "aprender juntos" deveria ser compromisso mútuo.
Bom mesmo era quando as escolas eram espaços de atividades esportivas, de brincadeiras, aprendizagem, socialização, parcerias. Hoje as escolas públicas parecem depósitos de crianças, despejadas por seus pais que não tem paciência para "educar", e recebidos por alguns professores pouco preparados, esses professores não são respeitados nem por alguns pais imaginem por seus filhos. Nas particulares "alguns" dos pais com dinheiro querem que as escolas façam o que eles não tem tempo para fazer.
Também podemos identificar as escolas, públicas e particulares, como espaços para tráfico e prostituição, de algumas crianças mal amadas ou abandonadas por seus pais, que provavelmente não tinham preparo para tal incumbência.
Lembro de que quando era criança realizar uma atividade proposta pelo professor e receber um elogio era tão bom, dava um sentimento de satisfação de "ser" capaz, chegar em casa e mostrar o trabalho relizado e elogiado pela professora e ver no rosto da minha mãe a alegria do papel cumprido, isso é inexplicável.
Hoje as famílias preocupam-se tanto em "TER" que tanto faz se o filho aprendeu ou não, o que interessa que tenha um bom trabalho logo, custei suas despesas, ou quem sabe arranje alguém que faça isso, porque o filho na sociedade capitalista tornou-se um encargo econômico muito elevado.
Ninguém suporta mais tal situação, talvez se pais e professores compartilharem mais suas dificuldades e perspectivas, se nós professores "escolherem ser professores" e não "estar professores", se os pais assumirem mais efetivamente seus papéis de educadores também, e o poder público invistir mais em qualificação e menos em apostilas sem embasamento teórico, meus sobrinhos possam participar de uma sociedade melhor.

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